Com mais de 3 bilhões de usuários mensais, o Facebook completou duas décadas de existência no começo de 2024. A rede social, que revolucionou a forma como as pessoas se relacionam, se tornou um dos maiores negócios em número de usuários e de valor de mercado (chegando a US$1 trilhão).
Nestas duas décadas de história, o Facebook se envolveu em inúmeras polêmicas, como o vazamento de dados pela Cambridge Analytica até a compra do Instagram e WhatsApp e a mudança do nome da empresa – que opera as três redes sociais e outros negócios – para Meta. Mas também modificou os meios de comunicação e de consumo e a distribuição de conteúdo — com impacto sobre as áreas do jornalismo, marketing e publicidade digital.
Neste artigo, mergulhe nesta história e descubra mais sobre esse negócio trilionário.
Do Thefacebook ao Meta
Criado em em 2004, o Facebook é uma evolução de um site anterior de Mark Zuckerberg, então estudante de computação em Harvard, chamado “Facemash”. O site consistia em relacionar fotos das estudantes do campus, uma espécie de brincadeira de “hot or not”.
Um tempo depois, Zuckerberg convidou um brasileiro chamado Eduardo Saverin, um amigo do curso de Economia, para tocar a nova versão do Facemash. Nomeado inicialmente de Thefacebook, o nome foi inspirado nos anuários dos colégios e faculdades, que trazem fotos e nomes dos alunos.
Em 2005, já com escritório em Palo Alto na Califórnia, o Thefacebook removeu o “The” do nome e abriu o acesso para todos os internautas com mais de 13 anos. Em um universo de 4.89 milhões de usuários de redes sociais*, mais de 2 bilhões de usuários acessam o Facebook diariamente e mais de 42% do tráfego gerado para páginas da internet, vem do Facebook.
Em outubro de 2021, outra grande mudança, o Facebook anunciou que mudaria o nome da empresa para para Meta. Essa decisão estratégica não foi apenas uma questão de rebranding, mas sim um reflexo da visão ambiciosa da empresa em liderar a próxima fase da internet.
Mark Zuckerberg destacou que a mudança foi impulsionada pela intenção de expandir para além das fronteiras das redes sociais tradicionais e adentrar em um novo território digital: o Metaverso. Um espaço virtual compartilhado, onde as pessoas podem se conectar, interagir e explorar experiências imersivas em ambientes tridimensionais.
A mudança foi anunciada três anos após a polêmica que marcou esses 20 anos de história e que levou o Meta e Mark Zuckerberg à corte dos EUA: envolvendo a consultoria política Cambridge Analytica.
Cambridge Analytica e o vazamento de dados pessoais
O Facebook enfrentou uma de suas maiores polêmicas em 2018, quando veio à tona o escândalo envolvendo a empresa de consultoria política Cambridge Analytica. Na época, descobriu-se que a Cambridge Analytica havia coletado ilegalmente dados pessoais de 50 milhões de usuários do Facebook, sem seu consentimento, por meio de um de quiz realizado dentro da rede social.
Esses dados foram utilizados para influenciar as eleições dos EUA em 2016. O incidente gerou uma onda de indignação global e levantou questões fundamentais sobre privacidade, segurança de dados e o papel das plataformas de mídia social na sociedade contemporânea.
E mesmo envolto por essa polêmica, o Meta conseguiu se reinventar com o Facebook Shop e o Reels do Instagram, impulsionados pela ascensão do Tik Tok.
Facebook VS Tik Tok
O TikTok, app de vídeos curtos criado na China, se tornou um dos maiores concorrentes do Meta, rivalizando principalmente com o Instagram. Diante das mudanças regulatórias e das dinâmicas de mercado, a empresa começou a reformular sua estratégia.
Entre 2020 e 2021, a empresa abandonou a ideia de IGTV no Instagram e investiu no Reels, uma ferramenta para criação de vídeos curtos. E também investiu na criação do Facebook Shop, criado como uma resposta estratégica ao crescente interesse no comércio eletrônico nas redes sociais.
A plataforma permite que empresas e criadores de conteúdo vendam produtos diretamente aos usuários do Facebook e Instagram. Atualmente, o Meta tem investido cada vez mais no Metaverso e em produtos envolvendo Inteligência Artificial.
O futuro é das IAs
Entre as novidades mais recentes, o Meta anunciou a Meta AI: um conjunto de chatbots e ferramentas para criar e editar imagens no Facebook, Instagram, Messenger e WhatsApp. A Inteligência Artificial generativa, anunciada no final de 2023, foi lançada em fase Beta e funciona como um assistente virtual inteligente para os apps e para os óculos Ray-Ban Meta e Quest 3.
Diferente do Google Gemini e ChatGPT, a Meta AI se conecta à internet e encontra informações em tempo real para responder às suas perguntas.
E a principal novidade é que a gigante das redes sociais consegue gerar imagens realistas a partir de comandos de texto, segundo a empresa.
Por enquanto a ferramenta está disponível apenas nos Estados Unidos.